Um rio chamado tempo,
uma casa chamada terra.
Do
escritor moçambicano, Mia Couto.
O
livro é simplesmente MARAVILHOSO. Sim, no sentido do que experienciamos e no estilo
que assume.
A
história passa-se em Luar-do-chão, durante a tentativa de velório do avô do
protagonista. Os dois, Marianos.
Catalepsia?
História de assombração? Política? Poesia? Sim. Tudo isso e muito mais num livro só.
Depois você nunca mais se esquece de Miserinha, Avó Dulcineusa, Tio Ultímio,
Abstinêncio...
Sabe
aquelas histórias que a gente quer ler de uma “sentada” só? Seria o caso, se o
coração não ofegasse; se de tanto drama humano, fantasia e realidade que nos
confundem – a ponto de perguntarmo-nos todo o tempo “é sonho ou verdade?” –
fosse possível continuar.
Mia
Couto traz aos afortunados (os que tiveram, tem ou terão este livro nas mãos)
um relato impressionante, em uma linguagem de domínio invejável.
Comida, na melhor dose, da melhor qualidade,
ao espírito!
a deliciosa escrita de mia couto fica ainda mais apetecível pelas tuas palavras, adriane - obrigada pela dica. besos
ResponderExcluirObrigada, líria, querida. Amo suas vindas aqui.
ExcluirLembrei do movimento literário nos anos 1960-1970, ocorrido sobretudo em Cuba, com Alejo Carpentier pontificando, o Realismo Maravilhoso. Mas tinha muito de barroco, e Mia Couto, se tem algo de barroco, logo migra para um regionalismo depurado que empresta mais agilidade à narrativa. Dá gosto ler comentários assim, como estes que postas no blog, que não ficam nem aquém nem além do livro que (afinal de contas) no fundo rcomendas. Este eu não li. Não me escapa! Obrigado pela preciosa dica.
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