quarta-feira, 24 de abril de 2013

    Estou lendo Oblómov, de Ivan Gontcharóv, uma edição maravilhosa da Cosac Nayf, com tradução primorosa de Rubens Figueiredo.
    Ainda estou na página 265, admirada por descobrir como é possível a um autor ultrapassar páginas e páginas, falando da inação, com um protagonista que nada faz e que nos encanta por toda a sua verdade.
    Imperdível. Volto para cá, quando chegar à página 733. Abraço e luz.


4 comentários:

  1. A propósito desta obra, li, numa edição da revista Veja que dava notícia do lançamento da obra em português - mas não da pela CN -, uma análise psicanalítica do tema principal, a qual culmina na seguinte observação, citada de memória por mim: "já no século tal, o autor russo predisse as consequências da depressão, mal do qual padeceria o mundo nos séculos porvindouros." Desde então abandonei as sessões de Cinema(já notou que os "maiores filmes de todos os tempos" são estudos de casos clínicos, tratados à maneira mitológica - Bergman, Antonioni, Welles, etc. - ?) e de psicanálise, por ignorantes da Vida(com maiúscula) e, por consequência, da Arte(com maiúscula). Mesmo se fosse verdade, interpretar tal obra à luz da psicanálise seria, como Goethe disse a respeito da ciência história de sua época, que demolia toda a "verdade histórica" das personagens da Antiguidade romana, "o contentamento com uma verdade tão pobre", à qual o poeta alemão preferia a "mentira" da "nobre fantasia poética" - no Oblomov, a descrição de um tempo de imobilidade ahistórica, patriarcal e pré-revolucionário, que jamais se repetirá. Ao menos, foi a impressão que tive ao lê-la em 2011... depois eu me livrei do livro...

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  2. Parabéns pelo blog, Adriane. E obrigado. Um espaço assim é muito bem-vindo. Ainda mais num país que não lê (e que quando lê, porque não lê, lê muito mal). E tu com a suprema coragem (e confiança no autor, típica de quem tem faro para a boa literatura), sem temer, mal passado 1/3 do romance, chamá-lo de "imperdível". Imperdíveis são esses tesouros que a infinidade de postagens na internet pode nos ofertar. O teu blog, recém-nascido, já se revela imperdível. Sem querer me repetir, parabéns. E obrigado.

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    1. pablito
      este blog espiatório entrou aí de gaiato, eu o desativei temporariamente, ele era de espiar outros blogues... rsrsrsrs

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  3. ah, vou frequentar esta tua sala!!! vai ser muito bom te ouvir sobre os livros!!!! besos

    (estarei em beagá na segunda quinzena de maio - desta vez vou de carro, isso facilita minha vida... )

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