domingo, 14 de dezembro de 2014

Nossa Teresa - Vida e morte de uma santa suicida







“O profundo das coisas não está na pauta do dia.
 De nenhum dia.”

Micheliny Verunschk

Resenha por Adriane Garcia

Vamos lá. A primeira coisa que se há de notar, falar deste romance, é seu narrador. Eis um personagem que nos gruda ao livro, este velho que tudo sabe da história que conta, mas que admite estar preenchendo lacunas com sua imaginação, nos vazios da falha de sua memória. Falha que ele atribui a qualquer pessoa que conta, motivo pelo qual deixa claro não acreditar em biografias. E narra como quem conversa mesmo, aqui do nosso lado, neste ofício que requer naturalidade e, por isto, tantas vezes, desvio do caminho.
 O livro de Micheliny Verunschk não é linear, vai, volta, entremeia, conta esta e outras histórias para nos dizer de Teresa, a jovem santa suicida. Julga-nos o narrador – pois não pense que ele é pessoa fácil! – impacientes com a leitura, mas a verdade é que ficamos encantados pela maneira com que se nos dá seu fio de condução. Lembramos semelhança com os narradores machadianos, com o costume de filosofar dos narradores de Saramago, tecendo críticas suas, enquanto os fatos acontecem. Mas é Micheliny Verunschk.
Já no primeiro capítulo a autora nos mostra a que veio. Sabemos que estamos diante de uma romancista de talento, de alguém que lida muito bem com a linguagem que usa.  Durante todo o livro permanecerá seu domínio de ritmo e é claro – trata-se de uma poeta, antes – prosa visitada por sopros da poesia. Os momentos de descrição são belíssimos. Cada capítulo nos levando à curiosidade do próximo, sempre surpreendente, pois Micheliny utiliza variação da forma, seu narrador oferece-nos desde cartas de suicidas, bilhetes a entrevistas de jornais, tudo se aproximando mais e mais da verossimilhança de se estar no nosso tempo.
Humano, demasiado, o livro versará sobre vida e morte, mais especificamente sobre o suicídio, sem nenhuma condescendência ou concessão temática ao leitor. Assim como Nietzsche, Micheliny Verunschk tem também um martelo. Não fica pedra sobre pedra nem santos de barro: Impotência, efemeridade, liberdade, livre-arbítrio, sede pelo macabro, o poder da oratória, a manipulação do medo, superficialidade do pensar e do agir, consumismo, o poder da igreja, das igrejas.
 Teresa é católica, mas poderia ser de qualquer outra religião ou crença, assim que instalado o fanatismo.
Micheliny Verunschk nos oferece uma narrativa rica e universal. Uma obra de arte. A jovem que nos apresenta, Tereza, pode ser uma santa popular do nordeste brasileiro ou um menino bomba no Oriente Médio. Pode ser qualquer menino ou menina num mundo confuso, obscuro e cruel. Li este livro sem notar recurso algum trivial ou evidente. Sua escrita está sempre grávida, havendo vários nascimentos durante nossa leitura. E todo nascimento é um susto.


“Ora, se nunca se anunciara com tal fervor a existência de santos suicidas é que nunca antes se oferecera o patronato de um desses santos aos próprios suicidas. Nunca existira um alguém que intercedesse por essas almas. Alguém que soubesse na carne e no espírito os caminhos e descaminhos que levam ao ato extremo. E é a história desse santo, sua vida e morte, seu polêmico percurso, que aqui se vai relatar. Melhor dizendo, dessa santa, porque cabe às mulheres desde sempre, de Pandora a Eva, a faísca da subversão, a quebra de valores, a assumida falta de pudores e um extremo gosto pela transgressão. Advirto, porém, que não me venha tomar o leitor como um panfletário, um vulgar levantador de bandeiras. Tão somente conto histórias das quais apenas ouvi falar ou que, quando muito, tive discreta, quase despercebida participação. Sou um velho que muito já viu e viveu e que nem sempre consegue escolher ou esconder simpatias e antipatias. Mas garanto que apenas dou conta do que todos dizem ou sabem, embora às vezes finjam que não disseram ou soubessem. E é esse o meu ofício de narrar. Poderia ser outro, mas é esse e dele me agrado.” p. 11.
Leitura inesquecível. A autora sanando um tanto da falta do profundo das coisas.  


***

O livro nossa Tereza - vida e morte de uma santa suicida, publicado pela editora Patuá, pode ser adquirido no site da editora.

sábado, 6 de setembro de 2014

Ser ou não ser, eis a questão de Carlos Moreira




Estou com as mãos em Cardume. Reservei esta semana que passou para lê-lo. O livro já está comigo há muito tempo e eu que só o tinha folheado, aguardava o instante exato. Acredito que os livros têm o seu momento em nós. Então foi isso, durante a semana eu andava de viagem com Carlos Moreira em seu cardume de palavras, enquanto refletia com ele sobre o cardume em que e com o qual vivemos.
Mas se um cardume age sem vontades individuais, pois a vontade de um cardume é sempre coletiva, o que nos leva à indagação de se há mesmo algo que se possa chamar vontade num cardume, Carlos Moreira mostra-nos que o seu é subversivo. Suas palavras se juntam para formas variadas, como se se tratasse, na verdade, de um cardume mutante, um cardume a serviço da vontade da palavra. Um cardume para fugir do cardume. Vários poemas. Vários cardumes.
Já de entrada, a epígrafe de Wislawa Szymorska: “O abismo não nos separa/O abismo nos cerca.” Sim, esta viagem, se você for um futuro leitor de Cardume, é bom que se saiba, será uma viagem nos abismos. Mas o abismo amparado pela palavra. A palavra que em Carlos Moreira é ser. A palavra é sua saída para poder ser. Da condição humana, trabalhada em Heidegger e, posteriormente, em Sartre, que vai da reflexão do tempo do homem até a sua impossibilidade de ser, Carlos Moreira faz o seu ponto de indagação e crítica, pensamento e criação. Paradoxalmente ao não ser, ele é. É poeta. E isto tem função também, em sociedade. E esta a inexorabilidade colocada:

a palavra
esta lepra
entranha
na minha pele
sua lavra

não quero saber
e digo
gosto do silêncio
da água
no fundo da piscina

a maldita
ignora meu pedido
e assina em mim
pelo avesso
o sim do seu signo

Em versos curtos e de precisão, em sua maioria, mas de maneira alguma presa numa única forma, a poesia de Carlos Moreira só obedece ao poema.  Notaremos que ele se amparou na tradição de nossa literatura poética para possuir todas as ferramentas. Se um poema pede versos longos, rimas ou não, aliterações, metáforas (e como são belas as metáforas em Carlos Moreira!) neologismos por aglutinação, se pede a forma de uma poema visual lá está. Mas longe de ser uma miscelânea, encontraremos a voz absolutamente reconhecível deste poeta, unindo tudo, numa imagética rica e muitas vezes de espanto, um ritmo que não falha nunca, este o seu fio, a densidade, a irreverência, a seriedade mesmo quando brinca, há humor suave, amargo, o tema amplo, o poeta que em muitos versos nos fará também lembrar Nietzsche e seu olhar por cima da manada. Cardume.

o porco fuça fareja
esfrega o focinho
contra raiz e terra

o corpo todo do porco
emprega a si na tarefa
de encontrar a trufa perfeita

aquela que ele mesmo
jamais comerá
porque a entrega

o porco é um poeta

Seus temas são os de um poeta solitário e solidário: Condição humana, indagação ontológica e metafísica, morte, saudade, memória, tempo, crítica à sociedade num desmascaramento do mundo, amor, existir, a relação leitor/poeta, o espanto infantil diante da mágica da natureza e, ao mesmo tempo, a natureza como um anti-idílio, o silêncio e o paradoxo que é o silêncio transmutado em palavras do poeta, a solidão, o tédio, o vazio, o uno, a destrutividade humana, a denúncia de uma convivência desastrosa, a indagação ética.

nenhuma coluna
sustentará o templo

que não construímos

deus nenhum repousará
sobre o altar
plantado no escuro

não restam deuses
nem templos
por derrubar

derrubaremos
uns aos  outros

Não há nenhuma ingenuidade em Cardume, lá estão a dificuldade de ser, a proibição de ser, a subversão de ainda assim ser, quando ser é fazer sentido, possuir e poder exercer palavra, linguagem, expressão; ser um homem verbo, pois toda renúncia é possível, exceto a renúncia à palavra. Ser como encontro com alguma dignidade e com a beleza. Como a beleza deste poema, este mar inesquecível onde só o Cardume de Carlos Moreira foi. Enfim, um livro adorável. Brilhante.

o mar
me recebe
lambendo
meus pés

salta
em meus
joelhos

pousa
no meu peito
sua pequena
pata úmida

pede
que me deite
mais suave
que a chuva

e tudo
que somos
é bonito
simples
e antigo

o mar
é o meu cão
favorito




Cardume, Carlos Moreira, editora Valer. Os exemplares podem ser adquiridos também com o autor, via facebook.


terça-feira, 1 de julho de 2014

Histórias Verídicas - Paol Keineg


Histórias Verídicas
Paol Keineg
Tradução de Ruy Proença
Editora Dobra Editorial, 2014, 72 p.

Deliciosamente toquei o livro. Acontece-me tocar um livro, assim, na capa, alisá-lo e, de certa forma, intuir que há ali um grande encontro. E foi o que aconteceu com Histórias verídicas, do poeta, dramaturgo e tradutor bretão Paol Keineg, traduzido para o francês por ele mesmo e vertido do francês para o português por Ruy Proença, quem colocou esta maravilha ao alcance de brasileiros, principalmente.

Tendo passado com muita consciência por um processo de imposição de nova cultura em seu país, isso tendo se manifestado mais violentamente, do que se percebe na escrita do autor, quanto à questão idiomática, a poesia de Paol Keineg em Histórias verídicas é um retrato deste sentimento de sobreposição à força, de ostensiva violação ao mundo natural e materno (bretão e celta) por um mundo artificial (francês e “civilizado”), o “choque original” que traz o novo como progresso, necessariamente global, e o antigo como arcaico, no máximo, exótico e excêntrico. Disto resultou o embate entre os valores já aprendidos, assimilados de infância e os novos valores, num comparativo com a “lavagem cerebral”, a mutilação e o resultante sentimento de humilhação e vergonha.

“Quando ando pela rua
Acontece-me perder um membro
Um braço uma perna um pé
Finjo indiferença
Verifico se os passantes notaram algo
Abaixo-me prontamente e apanho
O membro faltante na calçada
Sento-me num banco
E tudo entra rapidamente nos eixos.”

Em Histórias verídicas, a ferida é incurável, algo sagrado e puro fora corrompido sem que pudesse ser extirpado.

“À noite
Fujo da cidade adormecida
Precipito-me rumo às plantações de hortaliças
E até o alvorecer
Mastigo cenouras e couves-flores...”

Não podendo exercer a língua original e tudo o que ela significa na abrangência de todo um mundo reconhecido e nominado (em bretão), é preciso tê-la, pois o que resta também de um mundo afetivo, e escondê-la. Mas Paol Keineg escreve isso de uma forma vigorosa e criativa, na maioria das vezes em poemas narrativos, usando metáforas que nos conduzem ao absurdo e aos questionamentos de como se dão as relações de poder e supremacia cultural.

Revolta e incomunicabilidade, em poemas que comunicam tanto, para além do intelecto.

“Atravessei toda a cidade
A mão tapando a boca
Não me deixei distrair
Pelo espetáculo dos policiais
E dos vendedores de caranguejos na calçada
Avancei direto
A mão obstinadamente sobre a boca
Recusando responder
Aos que me perguntavam as horas
No hospital recusei responder
Às enfermeiras que me questionavam
Terminei por sussurrar ao ouvido de um médico:
Doutor eu falo bretão.”



*Paol Keineg nasce em 1944, na Baixa-Bretanha. Em 1968 formou-se em Letras Modernas, participou da fundação da União Democrática Bretã, partido de esquerda. Em 1967, lançou seu primeiro livro, Poema do país com fome. Em 1972 foi demitido da universidade onde dava aulas por motivos políticos. Mudou-se para Paris, onde se envolveu com a dramaturgia. Para se sustentar trabalhou como caldeireiro na manutenção naval e foi soldador. Em seguida foi para a Califórnia onde realizou serviços domésticos e aprendeu o inglês. Em 1981 tornou-se doutor em Letras, trabalhando em Berkeley, Harvard e Duke. Em 2009 retornou à Bretanha. Esteve no Brasil, hospedado por Ariano Suassuna e estudou português “brasileiro” para ler nossa literatura.

Ruy Proença é paulista, poeta e tradutor. Publicou Pequenos Séculos (1985), A lua inverstirá com seus chifres (1996), Como um dia come o outro (1999), Visão do térreo (2007) e o infanto juvenil Coisas Daqui. Traduziu a coletânea Boris Vian, Poemas e canções (2001) e Isto é um poema que cura os peixes, de Jean Pierre Siméon (2007).

Agradecimento ao querido amigo Alberto Bresciani, que me presenteou com esta riqueza.


domingo, 6 de abril de 2014

Akira Yamasaki: um excelente poeta ruim



    Há uns dias, terminei de ler o livro do poeta Akira Yamasaki, cujo título "bentevi, itaim” é um voo e um rastejo. Voo porque há leveza de pássaro, rastejo porque nos traz realidades duras com a legitimidade de quem de fato as conhece, do chão.
    Sua poesia traz aquilo que faz um poema ser reconhecido como tal, ou seja, há ancoragem na tradição, nos poetas que nos precederam e ensinaram; mas não é submissa, nem cópia, e traz também o novo, a inserção dos elementos tão contemporâneos ao seu/nosso tempo, linguagem, vivência, cenário.
    Poesia, antes de tudo, de afeto. Poesia de crítica social. Poesia do cotidiano.
    Bentevi, itaim, antes preparado numa ação entre amigos e sua esposa Sueli Kimura que queriam reunir os poemas e fazer-lhe surpresa, acaba por lhe ser comunicado, a fim de que participasse do processo. Desta forma, o próprio projeto é um projeto de amor, amizade e gratidão. Aliás, gratidão é sem dúvida o sentimento que mais perpassa a poesia deste poeta.
    Sua visão de ser humano, de mundo e de poeta alcançam uma coerência enorme. Já no princípio, no poema de abertura, “meu caminho”, adverte-nos sobre sua/nossa única possibilidade: seguir.     Não é uma opção, mas uma ordenação cósmica, independente da força de superar, Akira Yamasaki nos fala da vida como um imperativo.

“sigo o meu caminho
é mais forte que eu
então apenas sigo.”

    Sim, segue. E nossos passos vão juntos percorrer Itaim (“no itaim paulista/cai a noite gelada), essa região periférica de São Paulo e conhecer um tanto de suas ruas, seus bares, suas casas e, principalmente, seus personagens. A poesia de Akira é uma poesia recheada de pessoas e de Brasil (“seis gritos de socorro/rasgam meu pobre itaim"), e não abre mão de lirismo, ainda que trazendo a linguagem local infiltrada da realidade de que fala. Mérito que alcança do início ao fim. Neste, “gás da nitro”, a visão do todo, o seu lugar, como vastidão universal e habitada.

“... vagam lumes na escuridão
gás da nitro peidando firme
abocanhando casas e estrelas
miséria, porra
a classe operária, porra

do alto da pedroso
edsinho, o gordo
duas lágrimas furtivas
inundam são miguel.”

Em, “batendo laje”, o cimento, a cola é a amizade.

“obrigado, claudionor
kenji e os dois andrés
scala, careca e banguinha
obrigado ao seu mané
e ao alemão também
sem esquecer o josé
a alaíde pra feijoada
e a dona maria pelo café.”

    Noutros momentos, os poemas acabam por nos mostrar a forte inserção e engajamento do poeta nos movimentos culturais de sua comunidade. Sua modéstia conhecida e o agradecimento constante aos outros poetas da região. No poema “bom poeta ruim”, como se define, após citar vários poetas contemporâneos e vizinhos, conclui:

“tantos são poetas maiores
se tanto, sou assim, assim
mas só meus versos clareiam
a severa escuridão de mim”

    Retrato de um artista muito autobiográfico, mas sem jamais cair no simples confessionalismo despejado e sem forma, Akira Yamasaki nos confronta com as dores de um sistema social perverso, de consumismo, compra, venda, abandono e violência, que ele enxerga todo tempo, pois que está na sua frente. A poesia e a vida de Akira é uma resistência declarada:

“senda

ainda que eu só tenha
olhos cegos pela venda
e só possa seguir você
não sigo por sua senda

ainda que eu só tenha
para o amor e contendas
mãos nuas e desarmadas
de ouro, poder e rendas

ainda que a fome torture
e a sua mão me estenda
e me ofereça a sua sopa
não durmo em sua tenda

e tô cagando muito pra
placa de compra e venda
cagando sim, quer saber?
Pros heróis da sua lenda”

    A influência de sua ancestralidade, oriental, aparece em versos de muito lirismo, muito suaves, onde a observação atenta e paciente constrói jardins.

“O jardim de hideko (1)

no jardim de hideko
equilibram-se colibris
cuitelicópteros”

Ou:

“o jardim de hideko (4)

da porta da cozinha
hideko contempla
o inverno na cerejeira

os olhos distantes
xícara de chá fumegante
nas mãos esquecidas

pesam sobre as flores
silêncios de bentevis
e solidões esmagadas.”

Ou ainda :

“chuva de outono
choveu a tarde inteira
a tarde inteira chorei
sem motivo nenhum
de perda nem dor
apenas chorei
apenas choveu”


    A família, filha, filho, sogra, esposa, pai têm forte presença, como não podia deixar de ser numa poesia em que o afeto é lugar central. A filha, passarinho a voar desde sempre, uma espera de ninho; o filho, uma preocupação por encaminhar; o amor declarado à esposa, no reconhecimento pelo cuidado na manutenção do amor; a admiração pela sogra como um elo de ligação que se preserva entre o poeta e uma terra distante. O Japão, é também um banzo:

“porque fui moldado
no barro de povos primitivos
à imagem e semelhança
de ancestrais navegantes
guerreiros poderosos
guiados por ventos e estrelas
em migrações continentais”

em “origamis

...origamis de grous azuis
na maca de emergência
adormecem nas mãos
do pássaro inquietante”

    Mais, os temas universais: amor, morte (principalmente a morte dos amigos queridos), miséria espiritual e material, dor, fracasso, inadaptação, indignação, resignação e resiliência, o tempo:

“as lembranças doem
como cãimbras”

    A poesia? Claro que Akira fala da poesia. Nele, coincide com a vida. Todo o tempo é dela que está falando. E se não se pode deixar de viver, de seguir, na poesia houve de se escolher o modo:

“desse lugar eu fugi
nas asas da poesia
de tresoitão na mão
fugiu peter micharia”.


    O problema de apresentar “bemtevi, itaim” é não parar de querer reler e copiar os poemas e dá-los mais a conhecer. É uma poesia humaníssima, que sensibiliza profundamente, de um poeta talentoso, que merece ser lido. Um presente para o leitor.

Adriane Garcia